A diferença de preços dos medicamentos pode chegar a 989,52% nos de genéricos e 66,66% nos de referência nas farmácias e drogarias de Campinas. É o que apurou uma pesquisa comparativa de remédios realizada pelo Procon de Campinas em parceria com a Fundação Procon de São Paulo. O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de abril em dez drogarias.
Foram pesquisados 56 medicamentos, sendo 29 de referência e 27 genéricos. A pesquisa completa estará disponível no site do Procon Campinas (www.procon.campinas.sp.gov.br).
O medicamento genérico paracetamol, na apresentação 200 mg/ml – gotas 15ml, foi encontrado por R$ 1,05 em uma farmácia e chegou a R$ 11,44 em outra, uma diferença de R$ 10,39. Já entre os remédios de referência, a maior diferença de preço encontrada no Amoxil (amoxicilina), do laboratório Glaxosmithkline, de 500 mg com 21 cápsulas, ao custo de R$ 58,68 o mais caro e por R$ 35,21 o menor preço. A pesquisa indicou também que os genéricos, em média são 48,03% mais baratos o que os de “marca”.
Para a diretora do Procon, Lúcia Helena Magalhães, essas diferenças de preços, como a de 989,5% de um mesmo produto, sinalizam desrespeito do fornecedor para com o consumidor, já que medicamento é um produto essencial e muitos consumidores hoje passam por situações de superendividamento e ao mesmo tempo precisam cuidar da saúde. “Apresentar uma variação de preço tão grande é injustificável”, comentou ela.
As farmácias costumam oferecer descontos ao consumidor, como, por exemplo, preços mais baratos para aposentados e pensionistas e cartão-fidelidade. Neste caso, o Procon lembra que a aplicação destes descontos pode variar conforme as lojas e as condições de pagamento. Numa mesma rede de drogarias, o preço pode variar também entre os diferentes canais de venda: loja física, telefone ou loja virtual. Há ainda, segundo o Procon, uma variação dos preços de uma franquia para outra, porque não existe uma política única para todos os franqueados.
Farmácias
Outro dado abrangido pela pesquisa do Procon foi o abastecimento das drogarias. O órgão verificou quantos entre os 56 itens pesquisados estavam disponíveis nas farmácias visitadas pela fiscalização . A Droga Raia, localizada na Avenida Júlio de Mesquita, 865, no Cambuí, é a que dispunha de maior número de itens (96,43%) e em segundo lugar ficaram a Drogaria São Paulo (Rua Maria Monteiro, 1036 – Cambuí) e a Drogasil (Av. Andrade Neves, 2253 – Castelo), ambas com 94,64% de abastecimento.
Do total de itens comparados, o estabelecimento que apresentou a maior quantidade de produtos com menor preço foi a Farmácia Pague Menos – Avenida Francisco Glicério, 1253.
Orientações
O Procon aconselha que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no endereço www.anvisa.gov.br. A consulta também poderá ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determina a
Resolução da Câmara de Resolução do Mercado de Medicamentos (CMED). Este
órgão estabelece também o preço máximo dos medicamentos vendidos no
Brasil.
“A partir dessas informações colhidas nos órgãos acima, o consumidor deve comparar os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente”, orienta a diretora.
Vale lembrar também que por meio da campanha “Saúde não tem preço” o consumidor pode obter gratuitamente os medicamentos indicados para o tratamento de hipertensão e diabetes nas redes de farmácias e drogarias credenciadas no Programa “Aqui tem Farmácia Popular”. As informações sobre o programa e a lista dos medicamentos poderão ser encontradas no
site: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarArea&codArea=375
Preço médio medicamentos- ANVISA - link de acesso CLIQUE AQUI