Pesquisa realizada pelo Procon Campinas em parceria com a Fundação Procon-SP, em nove drogarias localizadas em Campinas, revela diferenças de até 336,62% nos preços dos medicamentos. O levantamento compara os preços entre os genéricos, entre os de referência e também compara a média dos preços entre genérico e referência. O levantamento foi feito nos dias 9, 10 e 11 de maio de 2018.
Entre os medicamentos genéricos, a maior variação foi de 336,62% no Glibenclamida 5 mg/30 comprimidos, que foi encontrado em um estabelecimento por R$ 9,30 e em outro por R$ 2,13. Diferença em valor absoluto de R$7,17.
Entre os medicamentos de referência, a maior variação foi o Zentel (Albendazol), do fabricante Glaxosmithkline, 400 mg, 1 comprimido mastigável, foi encontrado em um local por R$ 12,11 e em outro por R$ 3,93. O que representa uma variação de 208,14% e R$ 8,18 em valor absoluto.
Comparando-se os preços médios dos genéricos com os de referência de mesma apresentação, constatou-se que, em média, os medicamentos genéricos são 56,78% mais baratos do que os de referência, o que pode representar uma grande economia ao bolso do consumidor. A pesquisa completa pode ser verificada em https://procon.campinas.sp.gov.br/pesquisa-pre-o-medicamentos-1 .
De acordo com a diretora do Procon Campinas, Yara Pupo, vários fatores são determinantes de preço neste segmento do mercado, entre eles, a aplicação de descontos que pode variar de acordo com as condições locais de mercado, a rentabilidade da loja, condições comerciais de compra, entre outros.
Segundo a diretora, em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site); e há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não havendo necessariamente uma política única de preços entre os franqueados.
Antes de uma criteriosa pesquisa de preço, diz Pupo, é interessante que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos, disponível no site da ANVISA (www.anvisa.gov.br). A consulta também poderá ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas unidades do comércio varejista, ou seja, nas farmácias e drogarias, conforme determina a Resolução da CMED.
“Munido dessas informações, o consumidor deve comparar os preços dos medicamentos entre os diversos estabelecimentos, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente”, orienta a diretora.
06/06/2018 - 10:36